lunes, 14 de marzo de 2011

O Gargalo - por Luciano Pires


Uma das principais reflexões de minha palestra “Gente Nutritiva” é de que tempo é vida. Quem desperdiça o tempo dos outros, desperdiça a vida dos outros... E conto um caso, veja só:

Um dos projetos que mais satisfação me deu durante minha carreira dirigindo a área de comunicação de uma multinacional, foi a edição de nosso jornal interno, O Pinhão. Quando a edição do jornal foi transferida da área de RH para a minha, tomei uma decisão estratégica: se o jornal era interno, tinha que falar de gente. E se falaria de gente, tinha que mostrar gente. E começamos a fazer com que cada edição fosse repleta de fotos de vários dos mais de 5 mil colaboradores da empresa, sempre com uma atitude positiva, um sorriso, uma imagem de ação. Do jardineiro ao diretor, da cozinheira ao engenheiro, do porteiro ao Presidente. E um dia tive uma idéia: mandar uma cartinha de agradecimento para cada um dos funcionários retratados no jornal, inclusive nas fotos em grupo. Com um bilhete meu! E eram em média 100 a 150 funcionários por edição! Assim que o jornal era publicado minha secretária levantava os nomes dos “contemplados”, imprimia as cartas e trazia para que eu escrevesse o bilhete e assinasse. Depois mandava pelo malote para os líderes de cada setor, que entregavam a carta em mãos para o destinatário. Todo mês era a mesma coisa, a secretária entrava pela porta e colocava sobre minha mesa uma pilha com 150 cartas... Sim, eu fazia questão de que fosse um bilhete de próprio punho com uma assinatura real, não uma cópia impressa.

Aquela singela cartinha com o bilhete assinado pelo diretor causava um impacto imenso nos funcionários. Eles guardavam com carinho, levavam para casa, felizes e orgulhosos.

- Alguém lá em cima lembrou de mim!

Quando a pilha de cartas era colocada em minha mesa, eu parava tudo que estava fazendo, escrevia o bilhete e assinava uma por uma. Em minutos devolvia a pilha para a minha secretária. Mais de uma vez colegas acharam aquilo estranho e perguntaram a razão de eu priorizar as cartas quando tinha coisas “mais importantes para resolver”. E eu respondia:

- Não tenho vocação pra gargalo...

O processo das cartinhas envolvia muita gente e muitos passos: convidar as pessoas, produzir a foto, escolher e editar, publicar, pegar os nomes, montar as cartinhas, assinar e remetê-las. E tudo parava completamente enquanto eu não assinasse as ditas. Eu era o gargalo!

Quem exerce papel de liderança precisa entender que muita gente tem reação rápida, gosta de fazer as coisas logo e de uma vez, aprecia antecipar prazos. Quando tenho gente assim trabalhando comigo, quero ter certeza de que não sou eu o gargalo.  Policio-me para dar-lhes atenção imediata quando precisam. Não quero ninguém frustrado esperando por minhas decisões. Prefiro funcionar como um daqueles tratores que tiram as pedras que impedem o caminho, deixando a estrada livre para que as pessoas corram por ela.

Não desperdiçar o tempo dos outros é valorizar a vida dos outros.

Tem gente que chama isso de “eficiência”. Prefiro chamar de respeito.

Luciano Pires
http://www2.lucianopires.com.br/

 

miércoles, 9 de marzo de 2011

Justicia que Depende

Como seres humanos nuestra percepción de justicia es relativa. ¿Por qué? Porque depende. ¿De qué depende? Depende del otro. Exactamente. Mis criterios de justicia son determinados de acuerdo a lo que pasa con los demás y no de acuerdo con lo que pasa conmigo.
Los ejemplos de eso son infinitos. Cuando un policía nos pone un parte, nos sentimos ajusticiados porque “hay tanga gente cometiendo infracciones mucho peores”. Pero si pensáramos solamente en nosotros y no en los demás, podríamos pensar: “¿cuantas veces he cruzado el semáforo en rojo y ningún policía lo ha visto? ¿Cuantas veces he manejado por encima de la velocidad permitida y no fui penalizado? ¿En cuántas oportunidades parquee en lugar prohibido y no pasó nada?” Si pensara solo en mí y en lo que he hecho en el tránsito, aceptaría ser penalizado y con mayor rigor de lo que estoy siendo en ese momento. Porque ya he cometido muchas infracciones sin ser penalizado por ellas.
Recuerdo una parábola en la Biblia, contada por Jesús, que ejemplifica mejor que nada lo que quiero transmitir. Cuenta la parábola que el propietario de una viña salió temprano a contratar trabajadores. Contrató algunos trabajadores y acordó pagar un denario, lo que en esa época equivalía al salario de un día de trabajo. A mitad de la mañana, salió y contrato algunos otros más. Casi al final de la tarde salió nuevamente y contrató algunos más. Cuando se termina el día el propietario empieza a pagar a cada trabajador su salario. A los que contrató final de la tarde les pagó un denario. A los de la mitad de la mañana, les pagó también un denario. Cuando llegó a los que empezaran muy temprano, estos pensaban que recibirían más. Sin embargo, también les pagó con un denario. Ellos se enfurecieran y reclamaran: “A los que trabajaran tan solo una hora les pagaste igual que a nosotros”. Al que el propietario les pregunta: “¿Les he hecho alguna injusticia? De acaso, ¿no les he pagado lo acordado? ¿No tengo yo derecho de hacer lo que quiero con mi dinero?”  
Esa parábola es muy interesante. Los trabajadores que habían empezado muy temprano en la mañana habían aceptado trabajar por un denario y les pareció justo. Pero dejo de serlo, cuando se dieran cuenta de cuanto recibieron los demás. Justicia relativa, que depende de lo que le pasa al otro y no de lo que pasa conmigo. Los trabajadores tempraneros estarían felices si los demás hubiesen recibido menos, aunque eso no cambiaría su situación económica.
Justamente esa percepción de justicia relativa hace extremadamente difícil implantar justicia en una organización. Eso porque la justicia no es absoluta, ella está establecida por parámetros fundamentados en terceros. Y en una organización, cada trabajador tendrá su propio parámetro.
Sin embargo, por general, los trabajadores en una organización se comparan con iguales y no con superiores o inferiores. Eso hace con que sea posible establecer una buena sensación de justicia siempre y cuando entre iguales no existan diferencias. Ese es el desafío del gestor. Evitar preferencias incluso con los más eficientes. Es preferible promocionar a un trabajador eficiente a darle cualquier tipo de preferencia ante el equipo.
También es importante que el gestor trate con igual importancia a todas las áreas que tiene bajo su responsabilidad. Es muy común que un área amerite en determinados momentos mayor atención que otras, pero es crítico para el equipo percibir que el gestor dedica mucho más tiempo a un sector que a otro. Y nuevamente acá percibimos la dependencia del otro. El trabajador considerará que su área es importante para su jefe de acuerdo a la importancia que el mismo da a las demás áreas.
Finalmente, esos son mis tres consejos para que un gestor pueda crear sensación de justicia en la organización:
1.       Trate a todos por igual.
2.       Promueva los mejores, es más aconsejable una promoción que otorgar privilegios.
3.       De la misma importancia a todas las áreas.
Seguir esos tres consejos no le garantiza total sentimiento de justicia en su empresa, pero no seguirlos podría hacer casi inevitable el sentimiento de injusticia. Entonces, sígalos.
Qué pena si el final no le va a gustar. Pero la verdad es que nada en una organización garantizara que sus trabajadores estarán siempre felices. ¿Por qué? Porque depende, siempre depende…
Reinke

Justiça que Depende

Como seres humanos, nossa percepção de justiça é relativa. Por quê? Porque depende. Do que depende? Depende do outro. Exatamente. Os meus parâmetros de justiça são determinados de acordo ao que acontece com os demais e não de acordo ao que acontece comigo.
Os exemplos são infinitos. Quando um policial me coloca uma multa, eu me sinto injustiçado, porque “há tanta gente cometendo infrações muito piores”. Mas se eu considerasse somente a mim mesmo e o que tenho feito no transito, o correto seria pensar: “Quantas vezes eu passei o semáforo em vermelho e nenhum policial viu? Quantas vezes eu dirigi acima da velocidade permitida e não fui penalizado? Em quantas oportunidades eu estacionei em lugar proibido e não aconteceu nada?” Se levasse em conta apenas o que eu tenho feito no transito, aceitaria ser penalizado inclusive com maior rigor do que estou sendo nesse momento. Afinal, cometi muitas infrações sem sofrer pena alguma. E isso também é injusto.
Lembro-me de uma parábola contada por Jesus, que exemplifica melhor que nada o que eu quero transmitir. Conta a parábola que o dono de uma vinha saiu cedo para contratar trabalhadores. O dono da vinha contratou alguns trabalhadores e combinou pagar um denario, o que nessa época era equivalente a um dia de trabalho. No meio da manha, saiu novamente e contratou alguns mais. Quase ao fim da tarde, novamente saiu e contratou outros trabalhadores. Ao finalizar o dia, o dono da vinha começou a pagar a cada trabalhador pelo trabalho realizado. Aos trabalhadores que contratou no fim do dia, lhes pagou um denario. Aos que contratou na metade da manha, lhes pagou também com um denario. Quando chegou aos que começaram muito cedo, estes pensavam que receberiam mais. Porém, o dono da vinha lhes pagou também com um denario. Estes últimos trabalhadores se enfureceram e reclamaram ao dono da vinha: “Aos que trabalharam somente uma hora você pagou o mesmo valor pago a nós, que trabalhamos todo o dia”. E o dono da vinha responde também perguntando: “Fiz com vocês alguma injustiça? Por acaso, não paguei o que foi combinado a principio? Não posso fazer o que quero com o meu dinheiro?”  
Essa parábola é muito interessante. Os trabalhadores que haviam começado muito cedo haviam aceitado trabalhar por um denario e consideraram justo. Mas deixou de ser justo quando se deram conta de quanto recebiam os demais. Justiça relativa, que depende do que acontece com o outro e não do que acontece comigo. Os trabalhadores matutinos estariam felizes se os demais tivessem recebido menos, mesmo que isso não modificasse a sua própria situação econômica.
Essa percepção de justiça relativa faz extremamente difícil implantar justiça em uma organização. A justiça dos homens não é absoluta, ela é relativa e esta estabelecida por parâmetros fundamentados em terceiros. E em uma organização, cada trabalhador terá o seu próprio parâmetro.
Porém, é importante considerar que geralmente os trabalhadores de uma empresa se comparam com iguais e não com superiores ou inferiores. Isso faz com que seja possível estabelecer um bom nível de sentimento de justiça sempre e quando entre os iguais não existam diferenças. Esse é o desafio do gestor. Evitar preferencias, inclusive para os mais eficientes. É preferível promover um trabalhador eficiente a dar-lhe qualquer tipo de privilegio frente à equipe.
Também é importante que o gestor trate com a mesma importância a todas as áreas que tem baixo sua responsabilidade. É bastante comum que uma determinada área mereça maior atenção que outra em determinados momentos, mas pode ser crítico para a equipe perceber que o gestor dedica muito mais tempo a um setor que a outro. E novamente aqui percebemos a total dependência do outro nas percepções do ser humano. O sentimento de importância de uma determinada área estará fundamentado a importância que o chefe dá as demais.
Finalmente, esses são meus três conselhos para um gestor:
1.       Trate todos por igual.
2.       Promova os melhores, é mais aconselhável uma promoção que dar privilégios.
3.       Dê a mesma importância a todas as áreas.
Na verdade, seguir esses três conselhos não vai garantir total sentimento de justiça na sua empresa, mas não segui-los faria quase inevitável o sentimento de injustiça.  
Desculpe se vou estragar o final, mas são conselhos falíveis. Não se frustre, porém, nada em uma organização vai garantir que os seus trabalhadores estarão sempre felizes. Por quê? Porque depende, sempre depende...
Reinke

martes, 1 de marzo de 2011

Sentado Comiendo Maní

Nunca voy a olvidar mi primer trabajo. Tenía tan solo 15 años y fui a trabajar en una clínica veterinaria. El primer día de trabajo estaba ansioso porque no sabía como sería trabajar, tener un empleo. Llegué antes de la hora indicada, me presenté a mi jefe y me dio la primera orden: barrer la clínica. Lo hice con gusto. Terminé y me senté aguardando a la siguiente instrucción que no tardó en llegar: lavar los gallineros. La segunda tarea no me gustó tanto, el “popo” de las gallinas olía muy feo, pero lo hice con esmero. Luego de terminar volví a sentarme para aguardar la siguiente tarea. Mi mente juvenil decía que no debería atreverme a hacer algo sin la debida orden. No quería molestar. Además, recuerdo que al lado de la silla en donde me sentaba había una bolsa de maní crudo. Y me encantaba el maní. Entonces, mientras esperaba la nueva orden, aprovechaba para comer un poco de maní.

Luego de 30 días de trabajo, fui despedido. Mi jefe me llamó a su oficina y me dijo que lamentaba mucho, pero que en realidad no necesitaba una persona ayudando en la clínica. Me puse triste, pero lo entendí, aunque me pareció raro ver que dos días después, mi puesto estaba cubierto por otro muchacho. No tardó mucho y pude entender lo que había pasado. Mi mamá encuentra una persona en la calle y esa le cuenta que mi despido fue por que yo solo me quedaba sentando comiendo maní en lugar de trabajar. Al escuchar eso de mi mamá lo único que mi mente adolescente pudo pensar fue: “Si era solo eso, ¿porque mi jefe no me lo dijo?” Yo no quería ser “atrevido”. Por eso me sentaba a esperar las determinaciones de mi jefe. No quería molestar. Y por eso fue despedido.

A los 15 años y de una manera muy tonta, aprendí algo que cambiaria mi vida profesional: observar y actuar. Fui despedido por total falta de iniciativa y no podía jamás volver a cometer el mismo error. Así que en todos los siguientes trabajos que tuve, traté de observar el entorno, identificar el trabajo y hacerlo. Esa práctica hizo con que yo encontrara más cosas de las que mis jefes esperaban de mí. Y a la vez, me puso en una posición de distinción en relación a mis compañeros. Trataba de no ser apenas un trabajador que viene a cumplir determinada tarea y cobrar su sueldo. Miraba mi entorno y buscaba cosas para hacer incluso fuera de mis funciones. Y sin darme cuenta, estaba creando mis oportunidades.

Hoy tengo 35 años, y desde los 33 soy gerente general para Colombia de una multinacional brasilera de pegantes que tiene 16 plantas en todo el continente latino americano. Soy el único gerente del grupo que no cuenta con un titulo profesional. A los 33 años y antes de concluir la carrera universitaria logré una posición laboral que muchos profesionales no han alcanzado sino hasta los 50 años. Y que muchos jamás han alcanzado.

He escuchado muchas veces alguien decir que no tuvo éxito en la vida por que no tuvo buenas oportunidades. También he visto personas montaren proyectos y ante el fracaso justificar: “Lo que me hizo falta fue tan solo suerte”. No tengo ninguna duda de que ha miles de millones de personas en todo el mundo esperando su gran “oportunidad”, esperando algo milagroso o sobrenatural que caiga del cielo y les empuje vorazmente hacia el éxito. No perciben que la oportunidad esta a su lado. Esperan algo que suceda en tan solo un segundo y que haga con que su vida de fracaso se transforme en algo extraordinariamente exitoso. Algunas de esas personas cambian de trabajo cada año en una búsqueda incansable de la gran oportunidad laboral. La oportunidad para destacarse y mostrar su valor.   

La oportunidad esta en todas partes. Tan solo observa y actúa. No te quedes sentado comiendo maní y esperando la gran oportunidad. Las empresas hoy están llenas de trabajadores que van a cumplir sus funciones, cobrar sus sueldos e irse a la casa descansar. Sé diferente. Observa y actúa. La oportunidad está a tan solo dos metros de ti.